A Casa Assombrada - John Boyne
Eliza Caine não é uma típica mocinha de romance de época. Considerada de feições grosseiras, ela não tem aspirações de se casar e dedica seu tempo à função de magistério.
Embora tenha perdido a mãe ainda muito menina, encontrou em seu pai um grande companheiro e amigo, até que mais uma vez as intempéries da vida vieram e cobraram seu preço. A morte de seu grande protetor leva Eliza a um ato impensado, aceitando um cargo de governanta em uma cidadezinha próxima de Londres.
Além do anúncio um tanto quanto apressado em um jornal, sua chegada é regada de acontecimentos inexplicáveis e o que ela encontra é uma mansão em mal estado, duas crianças sem o cuidado de um adulto e fatos aterrorizantes.
Ao longo da narrativa descobrimos com a mocinha os mistérios que rondam as crianças, mas tudo isso sem muita pressa do autor. A protagonista torna-se quase uma detetive, buscando respostas em qualquer um que possa ajudar.
Como esperado, todos são muito relutantes em contar o que de fato ocorreu na mansão, tornando a leitura um pouco enfadonha mas sem fazer com que o leitor perca o ritmo de leitura, de maneira alguma.
É aquele livro para se ler numa sentada só, com uma escrita fluida e simples, porém previsível demais, tirando um pouco do obscuro prometido pelo autor.
A história é bem amarrada, mas sem deixar muito para a imaginação, com muitos questionamentos, inclusive sobre a "fragilidade" da mulher na época e as crenças sobre vida após a morte.
Essa foi minha primeira experiência com John Boyne, mas apesar de não ter achado o melhor livro que li na vida daria outra chance para ele com certeza.
Se você quer um livro rápido e gostoso de ler, essa é a pedida para incrementar sua meta de leitura do ano.
Nota: ⭐⭐⭐
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 296
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