O Jogador - Fiódor Dostoiévski
Muitas vezes, as mazelas humanas podem ser encontrada numa, aparentemente, inofensiva mesa de carteado ou numa roleta. É no tudo ou nada que os jogadores se despem da máscara oculta de sua personalidade e demonstram sua verdadeira essência obsessiva.
Nesse romance do aclamado autor russo, acompanhamos um preceptor em meio a uma família falida, rodeada de "abutres", que esperam avidamente o falecimento da chamada avozinha para ascenderem novamente na sociedade em razão da herança a ser recebida.
Em meio as expectativas, o cenário desse livro é nada mais, nada menos, que um hotel e um cassino, cuja existência do último embebeda a todos levando muitos a derradeira ruína.
A cada dia conhecemos um pouco mais do porquê da conveniência desses agregados em permanecerem juntos e os motivos que cada um tem para permanecer estancado nessas interrelações.
Em minha opinião, a melhor personagem, sem dúvida alguma, é a avó, a quem a maioria deseja ver enterrada. Parece até difícil acreditar mas eu ri demais com essa personagem que trouxe um lado cômico ao romance que eu não esperava.
Esse foi meio primeiro contato com o autor e posso dizer que estou sedenta por mais Dostoiévski. Dizem, inclusive, que é o melhor livro para começar a lê-lo e, curiosamente, só descobri isso depois de apreciar essa leitura.
Enfim, recomendadíssimo!
Nota: ⭐⭐⭐⭐
Editora: L&PM Pocket
Páginas: 212
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário sobre a resenha.