domingo, 14 de julho de 2019

Cérebro e coração.

Razão e Sensibilidade - Jane Austen


Elinor e Marianne, apesar de irmãs, são moças completamente diferentes. Esta age apenas pelo impulso e com o coração, aquela conjectura sobre tudo e acaba colocando os demais à frente de seus próprios interesses. São, respectivamente, razão e sensibilidade, daí o título desse clássico.

Conhecemos a família Dashwood quando do falecimento do patriarca, que já se encontrava em seu segundo casamento. Pelas regras testamentárias, toda a fortuna acaba sendo deixada para o filho do primeiro enlace, que acaba tomando posse da residência atual delas, fazendo com que se mudem para um chalé simples a alguns quilômetros de distância de seu logradouro pretérito.

Elinor possui uma paixão quase platônica por Edward, irmão de sua cunhada por parte do primeiro casamento de seu pai. Marianne se encanta por Willoughby, um rapaz com intelecção excelente sobre artes e que compartilha seu entusiasmo com ela.

Desses relacionamentos, apesar de distintos em muitos aspectos, ambas acabam enfrentando situações similares de melancolia, que só se tornam muito díspares em virtude da personalidade de cada uma. O enfrentamento da situação é acompanhado pelo leitor ao longo de todo o livro.

Este é o meu terceiro contato com a autora e, de todos os que já li, Persuasão continua sendo meu favorito.

A meu ver, Elinor foi pouco explorada na trama e merecia mais destaque do que teve Marianne. É como se a autora corresse com o final da história e esquecesse de desenvolver melhor as angústias vivenciadas, principalmente por Elinor.

Os últimos capítulos foram surpreendentes e trouxeram um ótimo clímax para a narrativa, mas ainda sim faltou alguma coisa para ter merecido ganhar cinco estrelas. .
Recomendo a leitura. Jane Austen escreve muito bem, os capítulos são muito fluídos e todas as tramas são interessantes. Além do mais, não é a toa que esse livro é considerado um clássico. Para quem quer iniciar esse tipo de leitura ela é bom ponto de partida.

Nota: ⭐⭐⭐⭐
Editora: Martin Claret
Páginas: 400

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