A Única Mulher - Marie Benedict
Um romance biográfico traz a história de Hedy Lamarr, uma atriz e inventora que precisa ser lembrada como pioneira de seu tempo, quando o mundo ainda estava extremamente fechado ao brilhantismo feminino.
Dona de beleza singular e musa inspiradora na década de 40, sua mente afiada trouxe para o mundo atual o conhecimento sobre a comunicação moderna, que só foi utilizado anos depois, vítima de sexismo e preconceito.
Hedy morava em Viena quando a sombra de Hitler pairava sobre a Europa e acompanhou de perto o crescimento da ideologia macabra que resultou no holocausto. Teve a chance de escapar de um destino horrível e, motivada por tantas perdas, usou sua compaixão e sagacidade para tentar ajudar a por fim no massacre.
A história é dividida em duas partes, sendo a primeira o envolvimento de Hedy com seu marido controlador e poderoso, chefão no mundo bélico, e a segunda parte o lado inventivo da atriz na busca de uma solução para a inefetividade dos torpedos, que eram interceptados por sinais de rádio.
Na primeira metade me encantei com tudo, o livro foi impecável na narrativa, mostrou que, apesar dos luxos, Hedy abriu mão de muita coisa para entrar naquele casamento e a cada capítulo acompanhamos seu sofrimento nessa relação de aparências.
Já a outra metade me decepcionou um pouco pois o lado inventora da atriz não é bem explorado no início, deixando a sensação de que você perdeu alguma parte da leitura. Fica até difícil acreditar que ela era capaz de tudo o que fez.
O final é lacônico, inexpressivo e súbito. Não explora o desfecho de vários personagens e deixa a desejar, embora não retire a importância de contar a história dessa mulher tão importante.
Nota: ⭐⭐⭐⭐
Editora: Editora Planeta / Tag Inéditos
Páginas: 317
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