sexta-feira, 29 de maio de 2015

Loucura, loucura, loucura.

Se você está se perguntando porque coloquei este título na resenha de hoje, você terá errado a resposta ao pensar que sou fã de um certo apresentador por aí. A verdade é que "O Código Élfico" de Leonel Caldela é um livro muito complicado de se entender, porém com uma boa história de se ler.

São muitas as perspectivas abordadas nesta obra, mas todas giram em torno da história base, que pude compreender depois de umas 250 páginas (risos): a raça humana sempre foi escravizada pelos elfos, apesar de diversos portais para a terra élfica - Arcadia - terem se fechado. Diversos cultistas, adoradores da Rainha Titânia, pregam suas atrocidades, cultuando a beleza da forma mais vil imaginada. Mortes e destruição passam pelo caminho daqueles que não compactuam desta devoção, e pior, daqueles que zelam pela doutrina sanguinária também. Não há escapatória, apenas a vontade da Rainha da beleza é capaz de determinar o destino de todos, moldando o mundo a seu bel prazer.

É neste contexto muito louco que conhecemos a história de Nicole Manzini, uma garota que desde pequena se viu cercada de insensatez por toda parte. Antiga moradora da cidade de Santo Ossário, para qual todos acabam retornando, a menina viveu lendas urbanas, foi alvo de concursos de beleza desde pequena, viu a morte de perto várias vezes e, por pura sorte, acabou sobrevivendo a uma chacina em sua casa juntamente com seu pai, considerado extremamente perturbado e trancafiado em um manicômio judiciário.

Salomão Manzini, seu pai, era um dos adoradores do culto à Rainha, sendo conhecido como Estripador das Hortênsias, promovendo caçadas de pessoas necessárias aos sacrifícios em prol da beleza. Sua loucura era tanta que se auto intitulava "O Dragão", herói da Rainha, com sua máscara de ouro, cubo e espada, capaz de moldar o mundo e impor sua vontade contra o desejo dos outros.

Voltando, Nicole era abduzida desde criança por homens esqueléticos e quando retornava a Terra notava terem se passado horas ou dias desde o rapto. Não havia como se mover, falar, gritar. Apenas esperar a devolução de seu corpo para que continuasse seguindo sua vida. Eis que por ironia do destino ela acaba retornando a Santo Ossário e é aí que sua aventura infeliz se inicia de verdade.

Neste meio tempo conheceremos Emanuel Montague, novo cultista e adorador da Rainha desde a prisão de Salomão. Tão maníaco quanto o antigo, sua história é ainda mais macabra e engloba a vida de seu irmão Abel, considerado louco pela cidade inteira, que se veste com uma fantasia de elfo desde pequeno e insiste em acusar o irmão de diversas barbáries.

Conheceremos, também, o querido Felix Kowalski, que com certeza já superou o Rambo e muitos outros descarregadores de munição nos filmes de ação. E, finalmente, saberemos a história de Astarte, o príncipe dos elfos, e como sua vida foi capaz de conectá-lo com a saga de Nicole.

Acho que isto é tudo o que posso contar a vocês sem spoiler algum. Leonel Caldela escreveu um bom livro, mas se você se deixar levar pela confusão desta obra e pelo arrastar dos acontecimentos jamais saberá como ela termina. Já aviso que é um livro grande, então o coloque em sua meta de leitura e o saboreie um pouco a cada dia.

Até a próxima resenha!

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