domingo, 25 de maio de 2014

E a consideração, ficou onde?

Sabe aquele livro que te faz querer socar a personagem principal? Bem vindo a Insurgente.


Em primeiro lugar não estou aqui para criticar o livro como um todo, diferentemente do que demonstrei até agora. Deixe-me explicar um pouco.

Quando li o primeiro volume da série de Veronica Roth, "Divergente", fiquei fascinada. Nesse primeiro momento temos a oportunidade de conhecer Beatrice Prior, e seus anseios em relação a escolha que terá de fazer em breve.

No mundo de "Divergente" não há mais uma democracia, sendo que cada pessoa deve escolher uma facção para seguir por toda a vida: Abnegação, Amizade, Audácia, Erudição e Sinceridade. Beatrice, que nasceu na Abnegação, acaba por escolher a Audácia, mesmo depois de ter feito seu teste de aptidão e receber a revelação de que era divergente.

A divergência se apresenta nas pessoas que possuem mais de uma aptidão, tornando seus testes inconclusivos. O pior, os divergentes são considerados inimigos e são perseguidos.

Com essa informação perigosa em mãos, Beatrice, agora "Tris", entra no mundo da Audácia, passando por diversas dificuldades a fim de conseguir se manter na facção e não se tornar uma sem-facção. Nesse meio tempo ela conhece Quatro (odiei esse nome) e os dois acabam se gostando. Enfim, como meu objetivo não é fazer uma resenha para esse primeiro livro vou direto ao que importa.

A Erudição, por meio de sua líder Jeanine Matthews, consegue desenvolver um soro de simulação, injetado em quase todos os membros da Audácia. Essas pessoas passam a ser controladas e marcham em direção aos membros da Abnegação para subjugá-los. É claro que o soro não fez efeito nos divergentes.

Bom, sem mais delongas, Tris perde seus pais, atira no melhor amigo, Will, e acaba dentro de um vagão de metrô com Quatro, seu irmão Caleb e o pai de Quatro, Marcus.

Agora sim vou me voltar para a resenha de "Insurgente". Infelizmente nesse segundo volume Tris se torna a pessoa mais egocêntrica do mundo, pois não sei por que cargas d'água ela decidiu que precisava salvar o mundo e ser a heroína. Que fique claro que ninguém pediu a ela que fizesse isso.

A história muda de cenário várias vezes. A princípio eles se encaminham para a sede da Amizade. Depois, acabam conhecendo os sem-facção e descobrem que eles estão se aliando contra a nova ordem imposta por Jeanine. Sua líder é ninguém mais, ninguém menos que a mãe de Quatro.

Por fim, os membros da Audácia, que não se aliaram a Jeanine, resolvem voltar para sua sede e tentar bolar um plano para acabar com o terror que foram forçados a viver. A líder da Erudição segue com suas ameaças, descobrindo novas maneiras de utilizar o soro da simulação, enviando um simples recado: ou os divergentes se entregam ou mais mortes ocorrerão.

E é nesse ponto que passo a querer estrangular a personagem. Todo o seu altruísmo é deixado de lado, e qualquer tipo de consideração que pudesse nutrir por alguém é deixado em segunda mão. Ela decide, traindo a confiança de todos, se entregar a Jeanine para que ninguém mais pudesse se machucar. Concordei inúmeras vezes com Tobias, o nome verdadeiro de Quatro, quando ele dizia que ela não tinha amor pela vida e que não pensava antes de tomar suas atitudes.

Depois de se livrar das mãos de Jeanine, Tris resolve trair Tobias e se aliar ao seu pai, que por um acaso tanto odeia. Ela descobre que a Erudição tem a posse de uma informação secreta que mudaria todo o curso dessa história, um segredo que releva o que existe além dos muros da cidade.

Tris, sabendo que somente Jeanine possui tal informação, se dirige para uma sala dentro da sede da Erudição, mas acaba sendo apanhada de surpresa quando vê sua líder ser morta. Depois de tanta confusão, que mal cabe nessa resenha, Tobias, que não sabe se acredita em Tris ou na sua mãe, a nova vilã da história, decide expor a todos o conteúdo daquela informação preciosamente guardada a sete chaves.

Caleb, que acabou escolhendo Erudição, trai sua irmã (mas bem que eu desconfiava desse aí). Tris, que optou por ajudar Marcus, passa a ser considerada uma traidora. E no meio de tudo isso, eis que surge a revelação final do livro. Não, não vou contar isso, até porque já falei demais.

O que mais posso dizer desse livro? Bem, é claro que vou ler o último, afinal não nadei até agora para morrer na praia. Mas sinceramente, a protagonista precisa parar de ser uma "Drama Queen".

Até a próxima! Bem vindo e volte sempre!

2 comentários:

  1. Você teve a mesma impressão do livro que eu, mas eu não acho que seja "drama" propriamente dito, eu acho que ele queria sim salvar a todos, porém deu tudo errado, foi egoísta da parte dela? Sim, mas não acho que tenha sido drama afinal UMA ESCOLHA PODE TE DESTRUIR.
    Beijos, Carlos.

    http://blogchuvadeletras.blogspot.com.br

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  2. Eu simplesmente AMEI o primeiro livro, me cativou, me apaixonou e tudo. Porém, Insurgente já me desanimou pois nada de interessante acontece, o livro é arrastado, a Tris é estressante e você ainda não leu Convergente: esse último tá com certeza na lista dos piores livros que eu já li na vida. A qualidade da história diminui de uma forma absurda do primeiro pro último e puff... Que horror.
    Achei sua resenha incrível e extremamente bem escrita, parabéns!

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