segunda-feira, 21 de março de 2016

Apocalipse ou lavagem cerebral bem orquestrada?

Meus amigos, certamente não estou errada ao afirmar que o apocalipse não é para qualquer um. Isso mesmo! Nem todos sairão inteiros desta experiência, mas digo inteiros de corpo e alma.

A história de "Vivian Contra o Apocalipse", da autora Katie Coyle, nos traz a América do Norte como ponto central de um poder de alienação em massa: a Igreja Americana.

Seu mentor, Beaton Frick, espalhou ao longo dos anos sua filosofia que, de acordo com ele, foi-lhe ensinada em encontros com Deus. Um Deus que, por sinal, ama o capitalismo e repudia grandes pecados, assim como foi na Idade Média.

É com essa ideia um tanto quanto bizarra que Frick arrebanha milhões de seguidores pelo mundo, impulsionando a presença da Igreja na comunidade, a exemplo de sua própria Bíblia, produtos com o selo dos "Crentes" e afins. 

Para reforçar a veracidade de suas palavras Frick profetiza o chamado Arrebatamento, em que apenas os Crentes serão levados ao Reino dos Céus, e o famigerado Apocalipse, em que aqueles que não adotarem a doutrina da Igreja serão castigados no fogo do inferno.

A protagonista Vivian não consegue acreditar em tanta "bobagem", não entende porque tantas pessoas se deixam levar pela história de Frick. Apesar do caos que se instala no mundo, como guerras, grandes explosões e tudo o que um projeto de apocalipse possa nos apresentar, Viv se vê cercada de pessoas que para ela só podem ter "perdido a cabeça".

Mas tudo muda de figura quando em um certo dia ela acorda e não encontra seus pais. Há apenas dois buracos no teto do quarto deles, sua ausência e o peso da palavra "Arrebatamento" martelando em sua cabeça.

É aí que a história de grandes encontros e desencontros começa. Será que Vivian conseguirá ter as respostas de que precisa? Será que terá a coragem necessária para desbravar a América e entender o que aconteceu? Como não costumo dar spoiler você terá que descobrir por si só.

Nota pessoal:
O livro tem uma história intrigante, mas não foi o suficiente para ME convencer. Provavelmente muitas coisas serão respondidas e conectadas no segundo volume e, portanto, precisarei desta leitura para me posicionar melhor acerca desta narrativa.

Acho que, apesar do que mencionei, é possível sentir-se envolvida com a personagem principal e entender seus medos. Vivian é muito carismática e fácil de se gostar, tornando sua torcida muita grande. Em que pese a leitura juvenil, "Vivian Contra o Apocalipse" traz muitas discussões sobre posicionamento pessoal. 

Em que lugar nessa loucura toda você se encaixaria? Eis a pergunta de Viv também.

Até a próxima.

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